Tia que matou sobrinha revelou crime a um pastor
O corpo da criança de apenas quatro meses, morta supostamente por asfixia pela própria tia, Renata Ediana Santana Tavares, de 28 anos, foi liberado para a família no final da tarde de ontem pelo Instituto Médico Legal do Centro de Perícias Científicas “Renato Chaves” (CPCRC).
O corpo da criança foi levado para o templo da Assembleia de Deus Luz e Vida, no bairro do Tapanã, onde foi realizado o velório. O sepultamento acontece hoje pela manhã no cemitério público do Tapanã.
Passados quase três dias da morte da criança, vizinhos da família ainda tentam entender o que realmente ocorreu. Moradores da quadra N-14, do conjunto Antonio Gueiros, ainda estão surpresos pela confissão de Renata Ediana como autora da morte da própria sobrinha, após uma reviravolta do caso.
A princípio, ainda na terça-feira, a mãe da criança, Valentina Santana Tavares, de 22 anos, foi acusada pela polícia de abandono de incapaz e chegou a ser presa. Mas horas depois, Renata confessou que matou a criança porque o choro do bebê lhe incomodava. Mesmo assim havia a possibilidade de indiciamento de Valentina, o que acabou não acontecendo.
A polícia abriu inquérito e com os exames preliminares dos peritos do CPC Renato Chaves, constatou-se que a criança estava morta há cerca de 20 horas antes da comunicação do fato. Foi aí que as contradições começaram e com a ajuda do pastor Francisco Picanço, que conhece a família de Renata Ediana há aproximadamente um ano e pediu ao delegado Renato Barata, que preside o inquérito do caso, para conversar com Renata. “O que mais me doeu foi ver a própria mãe presa depois de perder a filha”.
O pastor Francisco pediu então ao delegado para falar com Renata Ediana e este concordou. “Eu sou teu pastor e vais me falar a verdade, em nome de Deus!”, intimou o pastor. Renata então deu detalhes do que havia ocorrido. “Isso tudo foi feito depois do flagrante (contra Valentina) ter sido concluído”, acrescentou o pastor.
“Ela me contou que para abafar o choro, colocou uma manta no rosto da criança e deixou lá. A criança parou de chorar depois de algum tempo, ficou o silêncio e ela esqueceu. Quando foi lembrar, já quase seis horas da tarde, encontrou a criança já morta.
FATALIDADE?
Pastor Francisco também não concordou com as acusações de abandono de incapaz impostas a Valentina, que também seria indiciada pela polícia. “Não houve abandono porque a mãe deixou a própria tia tomando conta da criança. Ela pagava a irmã para tomar conta dela, como uma babá, e depois saía para fazer programa. Vejo como uma fatalidade e não como um crime”, opinou.
A certeza do pastor se dá pelo convívio de mais de um ano que conhece a família de Renata que mora com o marido Sandro e duas filhas de 1 ano e meio e outra de quatro meses, bem como a própria Valentina e a filha. “Eu estou lá quase todo dia porque tenho uma fábrica de vassouras lá próximo. Nunca soube de nenhuma história de violência na família”.
Para os moradores do conjunto Antonio Gueiros, a acusação e a própria confissão de Renata Ediana são uma surpresa total.
“Ela é muito calma e sempre cuidou bem das crianças, por isso estamos surpresos. A família não tem histórico de nenhum tipo de violência. O marido dela é uma pessoa trabalhadora e agora está tomando conta das duas crianças”, comentou uma moradora, que preferiu não se identificar
Alguns moradores estão revoltados com o ocorrido e chegaram a ensaiar a depredação da casa de Renata Ediana, mas foram impedidos por vizinhos. “A gente só vai constatar o que houve quando ver o laudo do IML. O que ocorreu não combina com o perfil dela. E não deixamos quebrarem nada porque o Sandro é uma pessoa trabalhadora. A qualquer hora do dia a gente pode ligar para ele que ele vai entregar água nas casas e agora está tomando conta sozinho das crianças”, disse uma vizinha.
Renata Ediana foi autuada em flagrante pelo crime de homicídio qualificado com o agravante de a vítima ser apenas uma criança e ainda ser sua parente de primeiro grau. Ela teve a prisão preventiva decretada e está detida no Centro de Recuperação de Ananindeua (CRA).
O fato pode mudar as características do crime após o inquérito policial chegar à Justiça. Ediana não tinha a intenção de matar e pode não responder por homicídio.
Marido da acusada revela incerteza do mesmo acontecer com os filhos
Após o crime que causou comoção na sociedade da criança de quatro meses, morta pela tia, Ediana Valentina, o DIÁRIO foi até a residência onde ocorreu o fato e conversou com o marido da acusada, Sandro da Silva, 36.
Ainda bastante chocado, ele contou que ficou surpreso com o fato da esposa ter matado a própria sobrinha.
“Foi um choque para mim e agora tenho que continuar batalhando para criar os meus filhos. Já pensou se ela tivesse feito isso com um deles?!”.
Na manhã de ontem, ele contou que trabalha o dia inteiro na rua e no dia do fato, após voltar da igreja onde entregou uma garrafa de água mineral, por volta das 19h30, foi informado sobre a morte da criança. Uma versão diferente da contada anteontem.
“Eu tava na igreja e quando voltei ela só disse que a criança tava morta e chamei logo a polícia. Foi um susto para mim, pois ela não me contou que tinha matado a sobrinha”, falou. Porém, momentos depois, Sandro contou que chamou inicialmente a mãe da criança, Valentina Tavares, 22. À polícia o fato só foi comunicado ao Centro Integrado de Operações Especiais (Ciop) quase 20 horas depois, já na madrugada de anteontem.
Ele comentou que a esposa nunca apresentou sinais de que poderia cometer algo desse tipo. “Não sei porque ela fez isso, as irmãs se davam bem e ela (Ediana) era uma boa pessoa”.
O corpo da criança foi levado para o templo da Assembleia de Deus Luz e Vida, no bairro do Tapanã, onde foi realizado o velório. O sepultamento acontece hoje pela manhã no cemitério público do Tapanã.
Passados quase três dias da morte da criança, vizinhos da família ainda tentam entender o que realmente ocorreu. Moradores da quadra N-14, do conjunto Antonio Gueiros, ainda estão surpresos pela confissão de Renata Ediana como autora da morte da própria sobrinha, após uma reviravolta do caso.
A princípio, ainda na terça-feira, a mãe da criança, Valentina Santana Tavares, de 22 anos, foi acusada pela polícia de abandono de incapaz e chegou a ser presa. Mas horas depois, Renata confessou que matou a criança porque o choro do bebê lhe incomodava. Mesmo assim havia a possibilidade de indiciamento de Valentina, o que acabou não acontecendo.
A polícia abriu inquérito e com os exames preliminares dos peritos do CPC Renato Chaves, constatou-se que a criança estava morta há cerca de 20 horas antes da comunicação do fato. Foi aí que as contradições começaram e com a ajuda do pastor Francisco Picanço, que conhece a família de Renata Ediana há aproximadamente um ano e pediu ao delegado Renato Barata, que preside o inquérito do caso, para conversar com Renata. “O que mais me doeu foi ver a própria mãe presa depois de perder a filha”.
O pastor Francisco pediu então ao delegado para falar com Renata Ediana e este concordou. “Eu sou teu pastor e vais me falar a verdade, em nome de Deus!”, intimou o pastor. Renata então deu detalhes do que havia ocorrido. “Isso tudo foi feito depois do flagrante (contra Valentina) ter sido concluído”, acrescentou o pastor.
“Ela me contou que para abafar o choro, colocou uma manta no rosto da criança e deixou lá. A criança parou de chorar depois de algum tempo, ficou o silêncio e ela esqueceu. Quando foi lembrar, já quase seis horas da tarde, encontrou a criança já morta.
FATALIDADE?
Pastor Francisco também não concordou com as acusações de abandono de incapaz impostas a Valentina, que também seria indiciada pela polícia. “Não houve abandono porque a mãe deixou a própria tia tomando conta da criança. Ela pagava a irmã para tomar conta dela, como uma babá, e depois saía para fazer programa. Vejo como uma fatalidade e não como um crime”, opinou.
A certeza do pastor se dá pelo convívio de mais de um ano que conhece a família de Renata que mora com o marido Sandro e duas filhas de 1 ano e meio e outra de quatro meses, bem como a própria Valentina e a filha. “Eu estou lá quase todo dia porque tenho uma fábrica de vassouras lá próximo. Nunca soube de nenhuma história de violência na família”.
Para os moradores do conjunto Antonio Gueiros, a acusação e a própria confissão de Renata Ediana são uma surpresa total.
“Ela é muito calma e sempre cuidou bem das crianças, por isso estamos surpresos. A família não tem histórico de nenhum tipo de violência. O marido dela é uma pessoa trabalhadora e agora está tomando conta das duas crianças”, comentou uma moradora, que preferiu não se identificar
Alguns moradores estão revoltados com o ocorrido e chegaram a ensaiar a depredação da casa de Renata Ediana, mas foram impedidos por vizinhos. “A gente só vai constatar o que houve quando ver o laudo do IML. O que ocorreu não combina com o perfil dela. E não deixamos quebrarem nada porque o Sandro é uma pessoa trabalhadora. A qualquer hora do dia a gente pode ligar para ele que ele vai entregar água nas casas e agora está tomando conta sozinho das crianças”, disse uma vizinha.
Renata Ediana foi autuada em flagrante pelo crime de homicídio qualificado com o agravante de a vítima ser apenas uma criança e ainda ser sua parente de primeiro grau. Ela teve a prisão preventiva decretada e está detida no Centro de Recuperação de Ananindeua (CRA).
O fato pode mudar as características do crime após o inquérito policial chegar à Justiça. Ediana não tinha a intenção de matar e pode não responder por homicídio.
Marido da acusada revela incerteza do mesmo acontecer com os filhos
Após o crime que causou comoção na sociedade da criança de quatro meses, morta pela tia, Ediana Valentina, o DIÁRIO foi até a residência onde ocorreu o fato e conversou com o marido da acusada, Sandro da Silva, 36.
Ainda bastante chocado, ele contou que ficou surpreso com o fato da esposa ter matado a própria sobrinha.
“Foi um choque para mim e agora tenho que continuar batalhando para criar os meus filhos. Já pensou se ela tivesse feito isso com um deles?!”.
Na manhã de ontem, ele contou que trabalha o dia inteiro na rua e no dia do fato, após voltar da igreja onde entregou uma garrafa de água mineral, por volta das 19h30, foi informado sobre a morte da criança. Uma versão diferente da contada anteontem.
“Eu tava na igreja e quando voltei ela só disse que a criança tava morta e chamei logo a polícia. Foi um susto para mim, pois ela não me contou que tinha matado a sobrinha”, falou. Porém, momentos depois, Sandro contou que chamou inicialmente a mãe da criança, Valentina Tavares, 22. À polícia o fato só foi comunicado ao Centro Integrado de Operações Especiais (Ciop) quase 20 horas depois, já na madrugada de anteontem.
Ele comentou que a esposa nunca apresentou sinais de que poderia cometer algo desse tipo. “Não sei porque ela fez isso, as irmãs se davam bem e ela (Ediana) era uma boa pessoa”.
postado por manoel
centenário
Nenhum comentário:
Postar um comentário